sábado, 21 de maio de 2011

25 de Abril de 1974

Toda a gente que se pode dignar a dizer que é bom português sabe o "que foi" 25 de Abril. Ou melhor sabe o "porque foi".

Para quem desconhece foi a grande vitória dos portugueses contra a o regime ditatorial de Salazar.

Veni, vidi, vici. Os revolucionários chegaram, viram e venceram. E, coisa curiosa, foi mesmo isso que ocorreu! Segundo o meu professor de Português o general que liderou o golpe afirmou "Se fosse necessário disparar, os meus soldados matavam-se uns aos outros! E quando foi de usar as máquinas tive de lá ir eu disparar!".

Os cravos foi outra coisa totalmente ao acaso... Uma vendedora com um cesto de cravos estava a assistir e ofereceu um cravo a um dos soldados que por falta de outro sítio onde o pôr o colocou no cano da espingarda. Pegou o efeito, e espalhou-se...


Enquanto lia sobre o assunto... e ainda não dei este post por terminado mas não quis arrastar mais tempo o seu início (afinal já vamos a 21 de Maio: quase um mês depois)... duas coisas me atravessaram a mente. E não consigo sentir de vergonha de as pensar porque até certo ponto são verdade.

A primeira e mais anedótica é que mesmo o maior e mais bem sucedido golpe de estado de que há memória foi algo planeado com base na sorte e no seja o que Deus quiser. Se eles tivessem porventura falhado é que eu gostava de ver como teria sido para se safarem.

A segunda é mais uma opinião do que um facto. Concordará comigo quem quiser.

No tempo de Salazar o povo morria à fome, e os cofres do estado tinham dinheiro, o país riqueza e influência.

-------------------------------LINHA DE TEMPO-------------------------------------->

No nosso tempo o povo morre à fome, os cofres do estado estão vazios, o país não tem um chavo e é motivo de anedota lá fora.

Quer dizer um país com uma riqueza enorme no que diz respeito ao peixe e no entanto importamos 60% do peixe que comemos. E porquê? Vendemos as cotas. É bom saber que se um dia os produtos importados falharem contaremos com menos 60% do que precisamos. E outra coisa: para convencer-mos a Finlândia a ajudar-nos correu por aí um vídeo género piada de conteúdo... e os argumentos nele apresentados são do tempo dos dinossauros?! Não temos nada mais recente que sirva de argumento?!

Escreve uma portuguesa cujo país exportou cortiça para importar rolhas de cortiça, cujo país exporta camisas para as importar com Channel lá escrito ao dobro, triplo do preço. Desculpem neste momento sinto-me incapaz de sentir orgulho em ser portuguesa... sou-o e não o nego... mas tenho vergonha do atestado de incompetência anedótica que nos foi passado recentemente. E para o provar basta dizer que um dos nossos ministros (já não sei quem nem interessa) foi pedir à Troika (denote-se estrangeiros) para investigar o estado das contas portuguesas... Que estado... que país... que nódoa. Ai! D. Afonso Henriques... Que fizeste tu?

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