segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

GRRRRR

"Larga o telemóvel"

*o quê?*
«Porquê, qual é o problema do telemóvel?»

"Larga o telemóvel."
*arruma telemóvel no bolso, inspira fundo, conta até dez sei lá... cinco vezes?*
"Porque foi esse ar?"

«Que ar? Desculpa não estou a perceber qual é o problema do telemóvel.»

Quê... agora que não podem embirrar com a porra do computador embirram com o telemóvel, se não fôr o telemóvel é o cabelo apanhado porque está apanhado, se não estiver apanhado é porque não está apanhado. Se não for isso são os leggings que uso (usava) para educação física, se não são os leggings ando sempre com as mesmas calças. Quando não eram as calças que eram sempre as mesmas era a camisola. Se não é a roupa é porque não estudo. Se estudo devia ter feito as camas e lavado a louça do pequeno almoço porque tive manhã livre. Se não é por não ter feito as camas e não ter lavado a loiça do pequeno almoço é porque não abro a boca. Se abro a boca devia aprender a medir o que digo.

(Todos os dias: "Como correu a escola? O que comeste ao almoço? Que fizeste nos intervalos? Com quem falaste? Que fizeste nas aulas? Estudaste?" Grande incentivo para conversa.)

Se não é nada do que referi é porque sou má para os meus irmãos. Se não sou má para os meus irmãos sou preguiçosa... ou, ou intolerante, ou teimosa, ou rabugenta, ou calada ou whatsoever they find next!

E sim apreciava estar mais 10 minutos ou um quarto de hora mergulhada em auto-comiseração e lágrimas, but duty calls.

Narniana

P.S.: Mais valia terem-me dado logo para adopção já que definitivamente não encaixo na imagem e nas expectativas nem ando lá perto [-_-]

sábado, 28 de janeiro de 2012

What's about Growing Up?

Quando eu era miúda os desenhos animados não eram perfeitos. A maioria nem sequer tinha aquele efeito de profundidade nas imagens, ou qualidade de imagem.

Via o Tarzan lutar com jaguares no meio da selva, balançar-se em lianas e, fizesse chuva ou fizesse sol, ele andava sempre com a mesma roupa, ou seja roupa quase nenhuma. Vi a Jane, rapariga londrina e certinha, "casar" com o tal Tarzan e ficar a viver na selva. Foram felizes, a Jane perdeu algumas manias, o Tarzan ganhou algumas maneiras.

Vi a Heidi ir pastar as cabras para o meio das mais altas montanhas dos Alpes com um vestido de Verão e descalça. Vi-a correr pelos montes, pela terra, por tudo quanto era canto e esquina. Vi-a dormir em palha coberta com um simples lençol. E mais sem pôr os pés na escola. Era uma rapariguinha bondosa, simpática, justa e valorosa, acima de tudo uma boa amiga.

Vi a Pipi das Meias Altas fazer polícias subir aos telhados, comprar sacos cheios de doces, mandar uma mistura de remédios pelo esgoto, dormir numa cama desconjuntada, inventar criar, fazer o mundo girar. Tornar um balde e uma pedra divertidos. Vivia sozinha com um macaco, o Sr. Nilson, e o Tiozinho, um cavalo. Tinha por amigos o Tommy e a Anita. Era feliz.

Vi o Pinóquio contar mentiras, corrigir os erros, entrar numa baleia, vencer a sua meta.

Vi o Marco correr o mundo à procura da mãe, com um macaco ao ombro.

Vi o Peter Pan fazer caretas a um perigoso pirata. A levar consigo para a Terra do Nunca dois miúdos e a irmã, meter-se com sereias e falar com fadas. Ao mesmo tempo vivia numa casa dentro de uma árvore com os Meninos Perdidos.

Li histórias de um rapazinho feiticeiro que vivia debaixo das escadas, com uma cicatriz na testa, que se opôs contra um feiticeiro malvado, fez amigos, ganhou confiança, perdeu colegas, adquiriu conhecimento, desenvolveu capacidades. Tornou-se bom por errar e aprender. Fez o que era correcto quando confrontado com escolhas e situações difíceis. Também se meteu em sarilhos, (e que deles), e safou-se dos mesmo às vezes castigado, outras sem ser apanhado.

Vi a Bela aceitar trocar a sua vida pela liberdade do pai e transformar a fera em príncipe por se manter fiel a si própria.

A Branca de Neve acabou a viver com sete homenzinhos, a falar com animais até ser salva pelo Príncipe Encantado. Nem por uma vez perdeu a esperança. Cantava no trabalho.

A Yasmin viveu aventuras com um génio da lâmpada e um Rato de Rua fabuloso.

A Pequena Sereia desobedeceu ao pai vezes e vezes sem conta, e vendeu a voz à bruxa do mar em troca de pernas.

Acompanhei (e acompanho) o Ash, o Brook e  a Mistsy na sua busca por pokemóns, sozinhos pelo meio do mundo e mais além a lutar contra a Team Rocket!

Passei por duas gémeas que viveram a sua vida de colegiais de forma divertida, às vezes proibida com as companheiras como a Ilda a Joana a Tony e Carlota, e que se tornaram boas pessoas e tenho a certeza são hoje grandes personagens. Da mesma forma li a história da Diana e da irmã mais nova que foram para o Colégio das Quatro Torres e fizeram outras tantas tropelias com a Guida, a Celeste, a Alice a Berta e todas as outras. A Diana tinha um mau génio tremendo, a Berta era super distraída, a Alice abusava das partidas, a Celeste era demasiado recatada...

Também conheci um grupo de Cinco. A Zé, o Júlio, o David, a Ana e o Tim que todas as férias se metiam numa aventura nova, tomavam decisões arriscadas e encarregavam-se de tarefas impossíveis, fazendo os possíveis por não perturbar o Tio Alberto.

Honestamente vi e li sobre tantas coisas, que hoje dizem ser erradas para as crianças e potencialmente perturbadoras, e sou quem sou com orgulho nisso que decidi fazer esta análise.
Quando era miúda eu escolhia os programas que gostava de ver e apagava a tv e ia encher-me de terra ou trepar à laranjeira para comer laranjas, quando não estava interessada. No outro dia ouvi o meu irmão dizer "Não mudes! Essa é a minha publicidade favorita!". Todos os desenhos animados são os preferidos, e sabe o dia da semana pela programação televisiva. E não é o único.

Hoje os desenhos animados e os livros são perfeitamente mais adequados. Temos animais com rodas e cores esquisitas que falam de forma infantilóide (não infantil, infantilóide), fadas super esqueléticas e anormalmente bonitas com namorados igualmente espantosos (quantas pessoas bonitas existem, serão todas assim?), temos vampiros que brilham e têm olhos amarelos e são masoquisticamente simpáticos, lobisomens independentes da lua cheia, e nem me façam falar da Dora e do seu método de ensinar inglês, ou dos desenhos animados interactivos como lhes chamam.

Quero mais Kim Possible, mais Pokémon, mais Harry Potter e menos idiotice sem moral e sem ponto em que tudo é cor de rosa e faz sonhar de um mundo impossível e perfeito e aborrecido e idiota.

Sim eu vi tudo aquilo e não trepei telhados, apesar de ter trepado árvores, e não aninhei ratos no colo, apesar de não morrer de medo se visse um, e não acho a morte algo assustador e terrível, antes aprendi a aceitá-la e a perceber que é tão natural como a vida. Sim eu enterrei os pés na terra do quintal sem pedir análises a um laboratório sofisticado, bebi água do poço, sem saber o que tinha ou deixava de ter. Sim fui arranhada por gatos, cães, coelhos, bicada por galinhas, esfolei os joelhos e as mãos, comi laranjas e maracujás a mais, em vez de me empanturrar de chocolates. E não fiquei traumatizada, nem doente, nem uma adolescente revoltada e incompreendida que só faz asneiras. Agora todos têm muito medo do que os desenhos animados e os livros podem fazer à mente inocente das crianças. Portanto só a coisa mais idiota e sem significado, moral ou ensinamento passa na televisão e nas páginas.

Têm mais valor os livros e séries que nos arrancam lágrimas mas também gargalhadas que aqueles que nos tornam robots avidamente à espera da próxima pergunta de "Where is the river? Can you see the river?". Isto para todos os pais que consideram os desenhos animados e livros antigos prejudiciais e más influências. Aquilo que se adquire de alguma coisa é aquilo que nós vemos. Sentimos e vivemos de forma diferente de pessoa para pessoa. Get that. And, please, cut the crap.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Confissões às 23:38

1- Não gosto de vírus. Francamente não gosto de vírus. Especialmente se tiverem de me esburacar o pé para desalojar um.
2- Odeio tentativas de emagrecer. E a confusão que as pessoas fazem entre isso e dietas. Dieta, people, é o termo atribuído ao vosso "estilo" alimentar, ao que costumam comer. tentativas para emagrecer são, na grande maioria, idiotices fúteis.
3- Zango-me com o mundo frequentemente. Especialmente com as pessoas estúpidas que o habitam. E reclamo com ele quando estou à varanda.
4- Gosto de falar ao contrário. Ou melhor de desfalar.
5- Sou pessoa de mandar alguém à m*rda se bem entender, porque não estou com pachorra e deixo isso bem claro.
6- Adoro animais. Gostava de ter um furão.
7- Sou nerd, e viciada em jogos. E dizem que também me mato a estudar o que a julgar pela camada de livros que tenho em meu redor é pouco provável. :)
8- Sou uma pessoa nobre, que cumpre a palavra que dá, e que sabe ser amiga.
9- Bato mal com todos os parafusos.
10- Planta preferida: cactos!



Oh bem. Gosto de desabafar com pixeis. Gostava de acreditar em realidades de fantasia. E gostava de poder fazer as coisas como está certo e não da forma como o mundo está organizado.

Boa noite, Narniana

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Sabes uma coisa? Gostar de alguém não significa controlar esse alguém com ameaças desse género: deixa de lhe falar ou eu acabo contigo. Isso chama-se chantagem e pode ser punido por lei.


Aprende a porra da diferença. Damn it.

(Estou cansada de memórias. Tenho de atirá-las para algum lado.)

Narniana

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Got it? So stop shipping me with this guy I call Best Friend. Merlin is getting pissed too.

Narniana


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Meia Hora na Biblioteca

"O alimentador avariou. Não tenho computador. Que é que eu vou fazer?"

*rolling eyes*
«Não sei. quer dizer... podias arranjar uma vida.»
*just saying face*


*riso*
"Olha quem fala!"

*pensamento rápido*
«Faz o que eu digo não faças o que eu faço.»

Conversas sem lógicas, Narniana