quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A sério?! Existe mesmo um dia mundial do braile?!

Eu sei que não foi feriado mas sinceramente estou irritada! quer dizer porque carga de água é que este tipo de dias não são conhecidos e devidamente divulgados?! ainda não tive tempo e tenho de ir estudar mas vou tentar saber algo mais)


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Ora bem Update de informação:

Louis Braille nasceu na pequena aldeia francesa de Coupvray, no distrito de Seine-et-Marne, a cerca de 45 km. de Paris, no dia 4 de Janeiro de 1809. Aos três anos enquanto brincava na oficina do pai feriu-se num olho com um instrumento… O ferimento cegou-o parcialmente e a certa altura os problemas alastraram ao olho bom e Louis tornou-se completamente cego. Ainda assim com o apoio dos pais não desistiu e passado uns anos, de pois de brilhante desempenho escolar, ingressa na Valentin Haüy uma escola criada pelo senhor com o mesmo nome para tornar os cegos aptos para a vida e é aqui que Louis tem o seu 1º contacto com as letras em relevo. Mas só anos mais tarde é proposto a Louis criar um sistema que permita os cegos lerem e escreverem também. Mesmo ao principio tendo achado a ideia estapafúrdia, ela aninhou-se na mente dele até que uns anos após isso em 1829 publica a primeira edição do trabalho, intitulado "Processo para escrever as palavras, a música e o canto-chão, por meio de pontos, para uso dos cegos e dispostos para eles". Deu-lhe forma definitiva na segunda edição, vinda a lume em 1837.
Este sistema é constituído por seis pontos, em duas filas verticais de três, num total de 63 sinais. O curioso é que o mesmo instrumento que lhe tirara a visão anos trás tornara-se agora o seu aliado na construção deste sistema. Este processo de leitura e escrita através de pontos em relevo é usado, actualmente, em todo o mundo. Trata-se de um modelo de lógica, de simplicidade e de polivalência, que se adapta a todas as necessidades dos utilizadores, quer nas línguas e em toda a espécie de grafias, quer na música, matemática, física, etc. Uma desilusão o aguardava: dificilmente o seu sistema seria aceite. O capital empregado pelas escolas nos enormes livros para cegos não permitia que lhes fossem deixados de lado de uma hora para a outra. Braille, então com vinte anos, começou a ser procurado pelos alunos do Instituto que lhe pediam lições do novo sistema. Estas aulas tinham que ser realizadas às escondidas, mas serviriam - pensava ele - para difundir o método e provar a sua funcionalidade. Braille tentava, ao mesmo tempo, exibir o sistema nos lugares que frequentava. O máximo que conseguiu foi um ofício, no qual o governo francês agradecia a sua contribuição à Ciência. De entre os alunos a quem ensinava música havia uma pequena cega, Teresa Von Kleinert. O seu talento ao piano era extraordinário, o que animou Braille a ensinar-lhe o seu sistema de pontinhos. Em pouco tempo, Teresa tornou-se concertista de sucesso. Recebida com agrado nos salões da Europa, Teresa difundia, a cada apresentação, o sistema Braille e pela primeira vez os jornais falavam no seu nome, até então desconhecido. A 6 de Janeiro de 1852 Braille morreu, sem chegar a ver reconhecido o seu trabalho. Só dois anos após a sua morte o sistema foi reconhecido oficialmente na França, depois que Teresa se exibiu na Exposição Internacional de Paris. Ao piano, pôde mostrar ao mundo como é que um cego podia aprender a ler e a escrever. Isso tudo, graças a um sistema criado por outro cego.

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